09/07/2011 09h00 - Atualizado em 09/07/2011 11h16 Salva Kiir presta juramento como primeiro presidente do Sudão do Sul
Novo país tem Juba como capital e se separou após décadas de conflitos.
Barack Obama anunciou reconhecimento.
O Sudão do Sul se proclamou independente oficialmente neste sábado, separando-se do norte depois de cinco décadas de conflitos que mergulharam o novo país numa miséria da qual espera sair graças a suas ricas reservas de petróleo.
Uma multidão em delírio celebrou à meia-noite de sexta-feira para sábado, em Juba, a proclamação da independência. Ao soar os sinos de meia-noite, uma explosão de alegria comemorou a chegada do primeiro dia de vida do novo Estado. "Somos livres! Somos livres! Adeus ao norte, bem-vinda a felicidade!", clamava em meio à multidão Mary Okach.
Salva Kiir (esquerda), ao lado do presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, acenam para população durante celebração em Juba (Foto: Goran Tomasevic/Reuters)O ruído era ensurdecedor na capital do novo Estado, cujo céu iluminou-se com fogos de artifício enquanto carros e ônibus repletos de pessoas que percorriam as ruas com bandeiras do Sudão do Sul em suas portas e janelas, enquanto os motoristas buzinavam.
Horas antes da meia-noite, diversos líderes mundiais, entre eles 30 líderes africanos e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegaram a Juba para as comemorações da independência do novo Estado. "O povo do Sudão do Sul realizou seu sonho. A ONU e a comunidade internacional continuará do lado do Sudão do Sul", declarou Ban Ki-moon ao chegar ao aeroporto da capital.
Exército da Libertação Popular do Sudão durante cerimônia de independência, em Juba (Foto: Goran Tomasevic/Reuters)O presidente americano, Barack Obama, também anunciou que os Estados Unidos reconhecem formalmente a República do Sudão do Sul Sul.
Entre 1955, um ano antes da independência da Sudão (até então uma colônia anglo-egípcia), e 2005 os rebeldes sulistas entraram em duas guerras contra Cartum reclamando maior autonomia.
Os conflitos arrasaram a região, deixaram milhões de mortes e provocaram uma desconfiança recíproca entre os dois lados do país.
Pessoas vão às ruas para celebrar a independência do novo país (Foto: Andrew Burton/AP)Os sulistas optaram quase por unanimidade pela organização de uma eleição sem maiores incidentes e cujos resultados Cartum prometeu respeitar.
A nova nação deve enfrentar grandes desafios, como os confrontos na fronteira que já provocaram 1.800 mortes este ano, um dos indicadores sociais menos desenvolvidos do mundo, negociações sobre a separação de bens e a reestruturação de setores com o Norte.Fonte g1
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