19/10/2011 10h01 - Atualizado em 19/10/2011 10h01

Morando no Exército, Joanna abre mão de unha escura e roupa curta

Nadadora brasileira não reclama de restrições e elogia estrutura oferecida pelas Forças Armadas em suas instalações no Rio de Janeiro

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México

Joanna Maranhão no Pan de Guadalajara sete
quilos mais magra (Foto: Agência Estado)

De 15 em 15 dias, Joanna Maranhão enche de calças cumpridas sua mala e viaja de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro. É que na Cidade Maravilhosa, uma de suas duas moradias há dois meses, a sargento das Forças Armadas Brasileiras não pode usar roupas curtas. E nem unhas escuras. Mas a nadadora não tem do que reclamar da estrutura proporcionada pelo Exército. Além da ajuda financeira, ela tem “casa, comida e roupa lavada”.
- Tem que andar sempre de calça, evitar unhas escuras. Mas são coisas que eu já estou acostumada. É muito tranquilo morar lá porque eles dão tudo: café, almoço, janta, cama, TV e ainda lavam minha roupa. Eu não preciso fazer nada. Quando estou em Minas, tenho que fazer meu próprio almoço, minha janta. É o que dá mais trabalho – disse Joanna Maranhão, que já conquistou uma prata (400m medley) nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
Com a saída do técnico Fernando Vanzella do Minas, em julho, Joanna Maranhão decidiu dar uma virada na sua carreira. Com a ajuda do Exército, que solicitou sua transferência de área, trocou o clube mineiro pelo Flamengo e passou a se dividir entre as duas cidades. Nós 15 dias mensais que está na Cidade Maravilhosa, fica hospedada nas instalações das Forças Armadas.

Joanna ao lado de outros nadadores em sua
formatura no exército (Foto: Blog Mariana Brochado)

De lá para cá, Joanna está sendo treinada por Rosane Carneiro, sua antiga técnica e amiga. Para completar a série de mudanças, resolveu também reestruturar a forma de se alimentar. Deu uma segurada nos chocolates e aprendeu a comer os alimentos certos nas horas certas. O resultado do esforço não demorou muito para aparecer. A atleta perdeu sete quilos e ficou com o corpo bem mais enxuto.
- Eu nunca tinha tomado muita conta disso, de questão de suplementação. Eu falava: “Eu nado 7 mil km por dia, então eu posso comer hambúrguer todos os dias”. Mas agora percebo que o tipo de fruta, o tipo de repositor e o momento de beber água fazem diferença na minha recuperação. Nunca vi o meu corpo assim tão seco e tão forte - afrimou a pernambucana, que tem 1,75m e 68kg. Fonte Globo Esport