Busca por recorde e disputa Brasil x Quênia dão o tom da Maratona de SP
Com uma vitória a mais, africanos têm a hegemonia da prova masculina,
mas brasileiros detêm a melhor marca, que está próxima de ser batida
foto juntos (Foto: Sérgio Shibuya / ZDL)
- Os quenianos se destacam nas provas de fundo. Mas maratona é maratona. São 42 quilômetros onde tudo pode acontecer. Está todo mundo treinando para fazer o seu melhor no domingo - diz o campeão da Maratona de São Paulo de 2005, José Teles, que, na ocasião, venceu a prova com a marca de 2h19m47s.
O duelo pela hegemonia no masculino, porém, não é a única atração do evento que vai reunir 20.000 corredores pelas ruas de São Paulo. A organização da prova acredita que, por conta do alto nível dos atletas na disputa, há uma grande chance de que ocorra a quebra do recorde, que atualmente pertence ao medalhista olímpico Vanderlei Cordeiro, conquistado em 2002, com a marca de 2h11m19s. Ao menos, no que depender da expectativa dos quenianos, a marca cai nesta edição.
- Estou feliz de estar aqui. Disputei a Maratona de São Paulo do ano passado e me preparei muito bem neste ano. Acho que vou correr para o recorde - diz o atual campeão da prova Stanley Biwott, que venceu no ano passado com o tempo de 2h11m21s, apenas dois segundos a mais que o recorde de Vanderlei.
Além do vencedor da última edição, o “time” queniano vem recheado de estrelas para manter a hegemonia. Tricampeão da São Silvestre (2002, 2004 e 2007), o queniano Robert Cheruiyot, que já faturou a centenária Maratona de Boston nada menos que quatro vezes, fará sua estreia na Maratona de São Paulo e chega credenciado como um dos favoritos. Cheruiyot, porém, não acredita que a quebra do recorde será necessariamente uma tarefa fácil.
queniana (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Para frear a empolgação dos sempre perigosos quenianos, o Brasil vai para a prova com uma tropa de elite, liderada pelo campeão da edição de 2004 Franck Caldeira. José Teles, Damião Ancelmo de Souza, Giovani dos Santos, Marcos Alexandre Elias, Giomar Pereira, José Everaldo, Ivanildo Pereira, Sérgio Celestino e Paulo da Silva são outras das esperanças brasucas.
Brasil tem amplo domínio na disputa feminina
O equilíbrio que se vê no masculino simplesmente não existe na disputa entre as mulheres. Das 16 edições que ocorreram até hoje, 12 foram vencidas por brasileiras. As quenianas só foram as mais rápidas em três oportunidades, enquanto a russa Ilyna Nadezhda foi a única atleta fora do eixo hegemônico da Maratona de São Paulo a ser campeã na prova, em 95 - ano da primeira edição do torneio (Confira todas as vencedoras no infográfico abaixo).
de Vanderlei (Foto: Sérgio Shibuya / ZDL)
Entre as quenianas, a esperança gira em torno do nome de Nancy Kipron. Acostumada a provas no Brasil, a queniana vai debutar na Maratona de São Paulo, mas chega como uma das favoritas. Na verdade, ela disputou apenas uma prova de 42 quilômetros até hoje, em 2006, em Istambul, na Turquia, quando conseguiu o tempo de 2h45m.
A prova deste domingo será dividida em quatro percursos: 42, 25, 10 e uma caminhada de 3 quilômetros. A largada da Maratona de São Paulo será na Av. Jornalista Roberto Marinho, próximo à Ponte Estaiada, cartão postal da cidade. A chegada das provas de 42 e 10 quilômetros serão perto do Obelisco, no Ibirapuera. Já o fim dos 25 quilômetros será na Av. Escola Politécnica (ao lado do IPT), enquanto a caminhada começará e terminará na Av. Jornalista Roberto Marinho.
Fonte Globo Esport
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