terça-feira, 28 de junho de 2011

Síria tem manifestações noturnas; prisões prosseguem

28/06/2011 11h48 - Atualizado em 28/06/2011 11h48

Síria tem manifestações noturnas; prisões prosseguem

Observatório Sírio dos Direitos Humanos diz que 1.342 civis já morreram.
Dissidentes pedem por democracia e pelo fim pacífico do regime.

Da France Presse
Militantes pró-democracia organizaram várias manifestações na madrugada desta terça-feira (28) na Síria para pedir a queda do presidente Bashar Al Assad, informou o chefe do Observatório sírio dos direitos humanos, Abdel Rahman.
"Milhares de manifestantes desfilaram em Homs (centro), entre 7.000 e 10.000 pessoas protestaram em Hama (norte), entre 5.000 e 7.000 em Deir Ezzor (noroeste) e eram mais de 2.000 em Idleb (noroeste)", afirmou o militante.
Os manifestantes também desfilaram nas cidades litorâneas de Jable e de Latakia, assim como nos bairros de Qabum e Barzé, na capital. "Todos rejeitam qualquer diálogo com o poder", afirmou o militante.
Crianças sírias que deixaram a cidade de Homs pela violência se abrigam em região da fronteira com o Líbano (Foto: Joseph Eid/AFP)Crianças sírias que deixaram a cidade de Homs pela violência se abrigam em região da fronteira com o Líbano (Foto: Joseph Eid/AFP)
Abdel-Rahman também falou de prisões de manifestantes pelas forças de segurança em Rukn Edin e Barze, em Damasco, em Idleb, assim como no povoado de Al Najia, fronteira com a Turquia.
Dissidentes sírios pediram na segunda-feira por democracia e pelo fim pacífico do regime de Bashar al-Assad em um encontro com mais de 100 participantes, incluindo ex-presos políticos.
As autoridades sírias, paralelamente, convidaram a oposição para uma reunião em 10 de julho para discutir mudanças-chave na Constituição e para conter a onda de protestos que causaram confrontos entre manifestantes e as forças de segurança desde meados de março.
Líderes da oposição, todos independentes de partidos, reuniram-se em um hotel em Damasco para discutir um jeito de sair da crise, em um evento público segundo eles sem precedentes em cinco décadas de regime do Baath.
Anwar Bunni, um proeminente advogado que ficou preso por cinco anos, disse que esta foi a primeira vez que "um encontro deste tipo em um lugar público é anunciado com antecedência".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede em Londres, informou que 1.342 civis morreram desde o início dos protestos, além de 342 oficiais das forças de segurança.Fonte G1

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