sexta-feira, 22 de julho de 2011

Brasileira se atrasa para ir a banco e escapa de explosão na Noruega

22/07/2011 18h29 - Atualizado em 22/07/2011 18h37

Brasileira se atrasa para ir a banco e escapa de explosão na Noruega

'Se tivesse chegado minutos antes, talvez não estivesse aqui', conta carioca.
Em Oslo há seis anos, Solange Jonassen relata tensão após ataques.

Amauri Arrais Do G1, em São Paulo
 Uma passagem pela Prefeitura de Oslo para se inscrever num curso de auxiliar de enfermagem para idosos fez com que a brasileira Solange Jonassen se atrasasse e não chegasse ao banco onde iria, atrás de um dos prédios do governo, minutos antes de ser atingido por uma das explosões que causaram mortes e feridos nesta sexta-feira (22).

“Se tivesse chegado minutos antes, talvez não estivesse aqui falando com você“, disse a carioca de 42 anos por telefone ao G1.
“Quando estava em frente ao Parlamento, senti a explosão. Foi muito forte. Como o tempo está chuvoso, todo mundo achou que era um trovão. Ninguém aqui espera essas coisas. Começou tudo a tremer, até o chão. Os prédios, mesmo os das ruas detrás estouraram as vidraças todas”, relata.
Solange com os filhos gêmeos, de 4 anos, em foto no dia da Independência da Noruega (Foto: Arquivo pessoal)Solange com os filhos gêmeos, de 4 anos, em foto no dia da Independência da Noruega (Foto: Arquivo pessoal)


Casada com um norueguês e mãe de dois filhos de 4 anos, Solange disse ter ficado assustada por estar sozinha em Oslo –o marido e os filhos, de férias, estão em Kristiansand, no sul do país.
“Meu marido disse que me viu na televisão, estava preocupado. A gente não sabe até onde eles [os ataques a bomba] vão chegar. Agora qualquer barulho que escuto, fico nervosa. Moro no meio de todas as embaixadas”, disse a brasileira.

Segundo Solange, o café onde trabalha como garçonete, bem próximo do local das explosões, fechou as portas até o próximo dia 8, assim como a maioria das lojas do centro. “Estou muito assustada. Não sei o que fazer, a estação central está fechada. Estamos meio que isolados.”

PreconceitoNa Noruega há seis anos, Solange fez questão de discordar da opinião de outra brasileira ouvida pelo G1 de que a hipótese de um atentado possa aumentar o preconceito contra a comunidade islâmica no país.

“A Noruega abre os braços para todo mundo. As pessoas que vem, mesmo como exilados, têm todos os direitos. Já vivi no Japão, EUA e Inglaterra. Eu sei o que é preconceito. Eles são muito prestativos”, afirma.Fonte g1

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