quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Chilena defende aproximação com movimento estudantil brasileiro


31/08/2011 11h03 - Atualizado em 31/08/2011 11h14

Chilena defende aproximação com movimento estudantil brasileiro

Camila Vallejo disse que movimento brasileiro avançou mais do que o chileno.
UNE realiza protesto em Brasília e pede 10% do PIB para educação.

Do G1 DF
A líder estudantil chilena Camila Vallejo afirmou nesta quarta-feira (31), em Brasília, que veio ao Brasil para conhecer a experiência do movimento estudantil brasileiro. Em discurso em frente ao Banco Central, ela defendeu que a relação dos estudantes com a sociedade está mais avançada no Brasil e que a realidade local serve de lição para o Chile.
A líder estudantil Camila Vallejo e o presidente da UNE, Daniel Iliescu, durante manifestação da estudantil na manhã desta quarta-feira (31) em Brasília (Foto: Naiara Leão/G1)A líder estudantil Camila Vallejo e o presidente da UNE, Daniel Iliescu, durante manifestação da estudantil na manhã desta quarta-feira (31) em Brasília (Foto: Naiara Leão/G1)
“No Brasil, o movimento se articulou com a sociedade e o governo ao longo da história e teve conquistas, ainda que pequenas. No Chile, vivemos há anos um descontentamento muito grande e só agora conseguimos uma aproximação com a sociedade”, comparou.
Camila Vallejo participa de manifestação da União Nacional dos Estudantes (UNE) que defende investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. Hoje são investidos cerca de 5%. O protesto da UNE também pede que 50% do fundo social do pré-sal sejam repassados somente para a educação e que as taxas de juros brasileiras sejam reduzidas.
Não somos modelo de um país de perspectiva, só de falta de oportunidade e de educação"
Camila Vallejo, líder estudantil chilena
A líder estudantil chilena, estudante de geografia da Universidade do Chile, disse ainda que a visita do presidente da UNE, Daniel Iliescu, ao Chile, na última semana, serviu para que eles começassem a pensar uma estratégia comum. “Nenhum país está isolado e as conquistas de ontem de um lugar são as dificuldades de outro na atualidade”, comentou.
Segundo Camila, a imagem que se projeta do Chile no exterior, de um país desenvolvido, não é a mesma que a população local tem. “Não somos modelo de um país de perspectiva, só de falta de oportunidade e de educação.”
De acordo com Camila, as principais queixas dos estudantes chilenos são o preço das universidades e a qualidade do ensino, que não se relacionam com o mercado de trabalho.
Manifestação
Os manifestantes realizaram uma lavagem simbólica da entrada do Banco Central. Por volta das 10h, eles seguiram para o Congresso Nacional, onde pretendem se reunir com lideranças.
Eles também tentarão se encontrar com a presidente Dilma Rousseff para entrega de uma carta com reivindicações.
A manifestação em Brasília encerra o “Agosto Verde Amarelo”, uma jornada nacional formulada pela UNE e que resultou em série de manifestações, ocupações e atos públicos em diversas regiões do país. Fonte g1

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