quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ela era minha luz, minha força', diz filho de juíza assassinada no RJ


17/08/2011 20h38 - Atualizado em 17/08/2011 21h20

'Ela era minha luz, minha força', diz filho de juíza assassinada no RJ

Parentes e amigos participaram de missa de sétimo dia nesta quarta (17).
Patrícia Accioli foi morta a tiros em Niterói, na semana passada.

Henrique Porto Do G1 RJ
Missa de 7º dia da juíza Patrícia Acioli (Foto: Henrique Porto/ G1)Missa de 7º dia da juíza Patrícia Acioli (Foto:
Henrique Porto/ G1)
Parentes, amigos e colegas de profissão de Patrícia Acioli, assassinada na última sexta-feira (12), em Niterói, Região Metropolitana do Rio, participaram da missa de sétimo dia em homenagem à juíza no início da noite desta quarta-feira (17). A cerimônia, realizada na Capela Nossa Senhora das Graças, em Icaraí, também em Niterói, foi marcada por muita emoção, principalmente por parte dos parentes da juíza.
"Ela era minha luz, minha força. Ela passava essa mensagem para a gente: que, acima de tudo, somos humanos. Temos que ver os outros como irmãos, e sempre fazer o bem sem esperar retorno", disse o filho de Patrícia, de 20 anos.
Segundo informações do universitário, duas manifestações serão realizadas nos próximos dias em memória da mãe morta. A primeira acontecerá às 10h do próximo sábado (20), em Niterói, com o apoio da ONG Rio de Paz. O outro protesto acontece na segunda-feira (22), em frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), no Centro da cidade, às 12h.
Para Nelson Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (ABM), é preciso que os juízes tenham mais segurança para trabalhar. "Para isso, é necessário mudar a legislação penal brasileira, atualizar normas e uma política nacional de segurança".
A juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada com 21 tiros quando chegava em casa, em Piratininga, em Niterói. Homens em motos e carros dispararam contra a vítima. Considerada rigorosa em seus julgamentos a juíza era responsável pela prisão de cerca de 60 policiais e envolvidos  em crimes, como grupos de extermínio e máfia de vans.
Mais de cem denúnciasO Disque-Denúncia informou que recebeu até as 18h desta quarta-feira (17) 119 ligações com informações sobre o assassinato da juíza Patrícia Acioli.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) Manoel Alberto Rebêlo informou que os policiais do 7º BPM (São Gonçalo) investigados pela 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, serão transferidos para outros batalhões. Eles seguem trabalhando enquanto os caso não são julgados. Patrícia Acioli investigava crimes relacionados a milícias, que teriam agentes envolvidos.
A decisão, segundo Rebêlo, foi tomada durante uma reunião com o governador do estado, Sérgio Cabral, nesta terça-feira, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul.
"Durante a reunião, o governador autorizou que mais 30 policiais fizessem a segurança do Tribunal de Justiça. Ficou decidido também pela remoção de policiais do 7º BPM, que estão sendo processados. Eles serão transferidos para outros batalhões", disse Rebêlo.Fonte g1

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