segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Promotor diz que houve sexo no caso de Strauss-Kahn, mas cita 'mentiras'


22/08/2011 19h24 - Atualizado em 22/08/2011 20h48

Promotor diz que houve sexo no caso de Strauss-Kahn, mas cita 'mentiras'

Pedido de retirada das acusações contra ex-diretor do FMI foi registrado.
No mesmo dia, advogados da mulher pediram que promotor seja afastado.

Da Reuters
O ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn e a camareira que o acusa de estupro tiveram o que aparenta ser uma relação sexual, mas o histórico de mentiras da denunciante fez com que as acusações não pudessem seguir adiante, afirmaram promotores nesta segunda-feira (22).
Testes de DNA "estabeleceram que diversas manchas localizadas na parte superior do uniforme da camareira continham sêmen que correspondiam ao DNA do réu", informou o gabinete do promotor de Manhattan.
O ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn e a mulher deixam sua casa provisória em Tribeca neste sábado (2) (Foto: AP)O ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn e a mulher deixam sua casa provisória em Tribeca, Nova York, no dia 2 de julho (Foto: AP)
As provas não foram definitivas, mas são "consistentes com uma relação sexual", disseram promotores. No entanto, o caso contra Strauss-Khan desmoronou porque a camareira disse diversas mentiras e "o efeito cumulativo destas foi devastador".
Promotores de Nova York pediram nesta segunda-feira (22) que um juiz rejeitasse as acusações de crime sexual apresentadas contra o antigo chefe do FMIx Dominique Strauss-Kahn, de acordo com documentos judiciais.
A recomendação pela recusa foi apresentada pelo gabinete da promotoria do distrito de Manhattan, depois que os promotores perderam a confiança na acusadora, uma camareira de 32 anos da Guiné, devido a mentiras que ela contou sobre o seu passado.
Nafissatou Diallo, durante coletiva de imprensa no dia 28 de julho (Foto: AP)A camareira Nafissatou Diallo, durante coletiva de
imprensa no dia 28 de julho (Foto: AP)
Afastamento
No mesmo dia, advogados da camareira de hotel, que acusou o ex-diretor-gerente do FMI de abuso sexual, entraram com uma ação na Justiça pedindo o afastamento do promotor do caso.
A ação, apresentada na tarde desta segunda na Corte Suprema do Estado de Nova York, requisita a designação de um procurador especial e que o caso seja paralisado até a realização de uma audiência sobre seu pedido. Especialistas no setor judicial dizem ser pouco provável que o pedido inusitado da seja aceito.
Histórico
Strauss-Kahn, que negou as alegações, era o favorito para as eleições presidenciais de abril de 2012 na França até que Nafissatou Diallo o acusou de obrigá-la a fazer sexo oral em 14 de maio no hotel Sofitel de Nova York.
Ele foi preso e obrigado a renunciar ao cargo de diretor do Fundo Monetário Internacional dias depois.
Os promotores inicialmente disseram que Diallo era uma testemunha credível e o depoimento dela ajudou a convencer o grande júri a acusar formalmente Strauss-Kahn, mas o caso se desmantelou desde o fim de junho, quando a promotoria revelou que Diallo inventou uma história sobre ter sido estuprada por um bando quando pediu asilo nos Estados Unidos, e mentiu também sobre outros aspectos de seu passado.Fonte g1

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