sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sem patriotismo, parentes lembram vítimas estrangeiras do 11/9


17/08/2011 19h21 - Atualizado em 17/08/2011 19h21

Sem patriotismo, parentes lembram vítimas estrangeiras do 11/9

Pai construiu réplica de torres para túmulo da filha na Lituânia.
Apesar da tristeza, parentes não concordam com tom patriota dos EUA.

Da Associated Press
Em um cemitério da Lituânia, um mundo de distância do local dos atentados de 11 de Setembro de 2001, as torres gêmeas ainda estão de pé. Vladimir Gavriushin coloca rosas brancas perto das réplicas de granito dos arranha-céus do World Trade Center, um memorial de 1,8 metro que ele construiu para homenagear sua filha Yelena, uma das cerca de 3.000 pessoas mortas em 11 de setembro de 2001.
Vladimir Gavriushin coloca rosas brancas perto das réplicas de granito dos arranha-céus do World Trade Center, um memorial de 1,8 metro que ele construiu para homenagear sua filha Yelena, uma das cerca de 3.000 pessoas mortas em 11 de setembro de 2001. (Foto: AP)Vladimir Gavriushin coloca rosas brancas perto das réplicas de granito dos arranha-céus do World Trade Center, um memorial de 1,8 metro que ele construiu para homenagear sua filha Yelena, uma das cerca de 3.000 pessoas mortas em 11 de setembro de 2001. (Foto: AP)
Gavriushin enterrou pedras do marco zero sob essas torres, longe do lugar Yelena morreu. E assim, com a proximidade do aniversário de 10 anos dos ataques terroristas, ele chora por Yelena aqui, em seu próprio marco zero.
Ele lembra de tentar freneticamente tentar ligar para sua filha naquele dia, em meio a multidão aterrorizada no Brooklyn, onde ele morava na época: "Ela nunca atendeu".
Sofrimento sem patriotismo
O 11 de Setembro enviou ondas de tristeza muito além dos Estados Unidos. Pessoas de Londres à Nova Zelândia tiveram seus entes queridos entre os mortos. Mas, embora a dor transcenda fronteiras, famílias estrangeiras têm lutado para lidar com sua perda de longe.
Para muitos desses estrangeiros, a luta maior está no simbolismo do 11 de setembro em si - um dia que, para os americanos, está indissoluvelmente ligado à identidade nacional, política e patriotismo.
"Mamãe não era um 'herói da liberdade', como ouvi alguém descrevê-la uma vez", diz Simon Kennedy, um australiano cuja mãe morreu em 11 de setembro, quando terroristas jogaram seu avião contra o Pentágono. "Ela estava no lugar errado na hora errada."
"Tentar passar pela névoa de patriotismo americano a fim de identificar a minha própria dor é muito difícil", diz Kennedy, um comediante de 36 anos de idade. "Então, estar de volta aqui na Austrália, é melhor -. Porque eu só posso lamentar pelo que ela era"
Ao final de uma década após o 11 de Setembro, algumas famílias das vítimas estrangeiras estão ansiosas para deixar a tragédia para trásFonte g1

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