quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Triplo ataque sincronizado mata 14 em Israel


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Atualizado em quinta-feira, 18 de agosto de 2011 - 17h39

Triplo ataque sincronizado mata 14 em Israel

Sete israelenses, duas mulheres e cinco homens, morreram e outros 25 ficaram feridos nos ataques perto do balneário de Eilat
Vítima do ataque é encaminhadas ao hospital / Ilan Assayag/ AFP Vítima do ataque é encaminhadas ao hospital Ilan Assayag/ AFP
Ao menos 14 pessoas, sete israelenses e sete terroristas, morreram nesta quinta-feira em um triplo ataque sincronizado contra um ônibus e um veículo militar israelenses e um tiroteio posterior, perto da estação balneária israelense de Eilat e das fronteiras com o Egito e a Jordânia.

Sete israelenses, duas mulheres e cinco homens, morreram e outros 25 ficaram feridos nos ataques perto do balneário de Eilat (sul), atribuídos por Israel a ativistas palestinos de Gaza, segundo a rádio militar.

Fontes dos serviços de segurança israelenses registraram a morte de sete agressores em tiroteios com policiais e soldados israelenses que se dirigiram ao local.

Israel afirmou que estes ataques, cuidadosamente coordenados, foram lançados a partir de Gaza por combatentes palestinos que teriam se infiltrado pela península egípcia do Sinai, aproveitando os distúrbios no Egito.

Em resposta, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou nesta quinta-feira que estes ataques constituem um "atentado contra a soberania do Estado" de Israel, que replicará "em consequência".

"Atentou-se contra a soberania de Israel", estimou o primeiro-ministro em um comunicado. Segundo Netanyahu, "Israel agirá em consequência".

Por sua vez, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, afirmou em um comunicado que "a fonte dos atos terroristas é Gaza e atuaremos contra eles com toda nossa energia e determinação".

O ministro afirmou que "se trata de um grave ataque terrorista coordenado, que mostra o enfraquecimento do controle do Egito na península do Sinai e das ações terroristas que estão se estendendo".

O governo do movimento palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, negou estar envolvido nos ataques.

"O governo (do Hamas) desmente as acusações do (ministro da Defesa israelense Ehud) Barak sobre os incidentes de Eilat e afirma que não existe vínculo com o grupo de Gaza", disse à AFP um porta-voz do Hamas, Taher al Nunu.

O primeiro ataque foi contra um ônibus da companhia pública Egged ao meio-dia local (06H00 de Brasília), perto da fronteira com o Egito, a pouca distância do posto israelense de Netafim.

Segundo um porta-voz da companhia pública de transporte Egged, o ônibus circulava entre Beersheva e Eilat, levando muitos militares que viajavam para este balneário para passar o fim de semana.

O ônibus foi metralhado com armas automáticas que deixaram nove feridos. Meia hora depois, um veículo militar que vinha em ajuda foi alvo de um ataque com bomba teleguiada.

O incidente mais sangrento, no qual cinco israelenses morreram, ocorreu às 13H00 local, quando um veículo particular foi destroçado por um foguete RPG antitanque perto de Beer Ora, 15 km ao norte de Eilat, desta vez perto da fronteira jordaniana.

"Temos informações específicas e concretas segundo as quais estes terroristas que mataram israelenses hoje vêm da Faixa de Gaza", declarou à AFP Mark Regev, porta-voz de Netanyahu. "Não são especulações. É uma informação concreta", acrescentou.

Segundo uma autoridade israelense que pediu o anonimato, os terroristas entraram em Israel através da península do Sinai egípcia.

"Deixaram Gaza para ir em direção ao sul no Sinai, ficaram ali por um momento, depois subiram para o norte para entrar em Israel. Já vimos esta maneira de agir antes", explicou.

No Egito, o governador da província egípcia do Norte-Sinai, Abdel Wahab Mabruk, assegurou que os responsáveis pelo ataque não chegaram ao território egípcio e descartam que tenham se infiltrado por um túnel de Gaza, destacando que há fortes medidas de segurança devido a uma operação militar egípcia em curso há alguns dias no Sinai.

O exército e a polícia egípcio realizam uma campanha no Sinai contra os membros de um grupo armado suspeito de explodir um gasoduto que abastece Israel e atacar uma delegacia de polícia na cidade de Al Arich (norte do Sinai).

A Casa Branca condenou nesta quinta-feira a série de ataques "terroristas" no sul de Israel, e manifestou seu desejo de que os responsáveis "sejam levados diante da justiça".

"Condenamos os brutais ataques terroristas no sul de Israel hoje (quinta-feira) nos termos mais firmes", indicou o gabinete de imprensa da presidência americana em um comunicado.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou nesta quinta-feira seus temores de que ocorra uma "escalada" da violência no conflito israelense-palestino após o ataque.Fonte band

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