26/09/2011 20h04 - Atualizado em 26/09/2011 20h29
Bolivianos protestam na capital contra rodovia em terras protegidas
Governo de Evo Morales quer construir via cortando área amazônica.
Marcha contra projeto, que já dura um mês, foi parada com violência.

A polícia boliviana usou gás lacrimogêneo para reprimir a marcha contra os planos do presidente para que a empresa brasileira OAS construa a rodovia, que terá 300 km, no meio da Floresta Amazônica.
Autoridades afirmaram que a polícia acabou com o protesto no domingo (25) ao tomar um campo usado pelos manifestantes na região de Yucumo, cerca de 300 quilômetros ao norte de La Paz, enquanto marchavam rumo à capital do país andino.
A mídia local relatou que o ministro das Relações Estrangeiras da Bolívia, David Choquehuanca, que estava em negociação com os manifestantes, foi feito refém por eles durante várias horas no sábado (24). Várias centenas de manifestantes participaram da marcha.
Nesta segunda, alguns manifestantes tentaram impedir a decolagem de um avião levando de volta para suas terras indígenas que participavam da marcha, o que gerou os conflitos e o uso de gás lacrimogêneo por parte dos policiais.

A marcha de indígenas e simpatizantes contrários à rodovia começou no dia 15 de agosto na cidade de Trinidad, na Amazônia, e colocou Morales na defensiva antes de uma eleição em outubro que integra uma reforma para dar aos povos indígenas um papel maior nos assuntos de Estado.

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