24/06/2011 07h10 - Atualizado em 24/06/2011 07h10
Che Guevara vira time de futebol em uma das sedes da Copa América
Há quatro anos, Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara propaga no esporte os ideais do líder revolucionário argentino-cubano

evento em Jesús María (Foto: divulgação)
- A ideia é integrar através do futebol crianças e jovens de todas as classes sociais para ajudar na formação delas como pessoas, reforçando valores pregados por Che como solidariedade e dignidade – contou Mónica Nielsen, presidente do clube de Córdoba, uma das sedes da Copa América 2011 e que receberá dois jogos da Seleção Brasileira (Paraguai, dia 9 de julho, e Equador, dia 13).

- Era inevitável usar sua imagem, tanto no corpo do uniforme, quanto no escudo. Também fizemos questão de colocar a célebre frase “Hasta la victoria siempre!”. Mas também fizemos isso porque muita gente comprava camisas com a imagem de Che apenas para consumo e nada mais. Nossa ideia é que os pequenos usem a camisa e sigam as convicções de Che, sua luta, de sua entrega por um mundo melhor e com justiça social para todos – salientou Mónica, de 51 anos, que cuida de maneira voluntária a administração do clube com ajuda de pais e parentes dos meninos do elenco, em uma gestão semelhante a uma ONG sem fins lucrativos.
Sonho de jogar no Brasil
Filiado a Liga Regional de Colón, que está ligada a AFA (Associação de Futebol Argentino), o Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara tenta conseguir uma sede própria. Por hora, as sete categorias treinam em campos cedidos ou alugados na região.

- Seria maravilhoso. Um sonho para os pequenos – exclamou Mónica, revelando que existe a possibilidade de, em breve, realizar uma espécie de Copa do Mundo Alternativa, com equipes cujos ideais sejam de inclusão social e solidariedade.
Perguntada sobre quem seria o “Messi” do Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara, Mónica, que conta com o aval de parentes e amigos próximos do revolucionário argentino-cubano, foi igualitária, como sua inspiração.
- Temos mais de 100 meninos e todos são os melhores. O importante é que estamos orgulhosos com o que estamos fazendo e, se Che estivesse vivo, estaria aqui conosco, nos ajudando.
Cutucada em Maradona
Mónica só mostrou um pouco de frustração com a falta de apoio de pessoas famosas do futebol, lembrando que muitas delas, argentinas ou não, possuem tatuagens alusivas a Che Guevara.
- Queria que eles, que possuem uma tattoo de Che, viessem aqui, observassem nosso trabalho e nos dessem uma mão. Seria muito importante para as crianças – disse Mónica, citando, indiretamente, o ídolo dos hermanos, Diego Armando Maradona, que tem na pele a imagem imortalizada por Korda.

Fonte Globo Esportes
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