obre a farinha de mandioca e o calor amazônico
Postado por Redação eBand Nenhum Comentário
Guiado por um cheiro bom ao andar pela pequena comunidade de Bom Retiro, fui parar no quintal da casa de Paulo Afonso Bruce, que preparava a tradicional farinha de mandioca, quase obrigatória em todas as refeições da região. Sem se importar com a invasão, ele foi logo me explicando o processo de preparação do alimento.
Após colher as raízes que plantou, Paulo tem que descascar toda a produção, o que leva mais ou menos uma jornada inteira. No dia seguinte é hora de ralar tudo. “É a única parte que é feita por motor”, me diz, sorridente ao apontar a máquina que lhe poupa um bom tempo.
O próximo passo é espremer a mandioca ralada em uma prensa. A pasta resultante é peneirada na sequência por sua filha e só depois vai para o forno, como Paulo chama o grande recipiente de aço sobre o fogo.
Mexer as porções de farinha com agilidade consome mais quatro horas de trabalho, sob o calor intenso da panela e do clima.
Apesar da suadeira, Paulo não se afoba. Termina o trabalho, espera a “temperatura baixar um pouco”, dá alguns poucos passos e mergulha no rio, em um descanso mais refrescante do que qualquer ducha.
Rodolfo Bartolini
Tags:gastronomia, zé açu Fonte Eband
rsrs...
ResponderExcluirPois é, e é uma das melhores farinhas de mandioca... Aliás, já reparou que tudo que é feito manualmente (de forma artesanal) é muuuiiitooo mais saboroso do que o industrial?
Smacks no coração.