domingo, 24 de julho de 2011

Brasil se impõe, domina a Grécia e leva a medalha de ouro no basquete

24/07/2011 13h07 - Atualizado em 24/07/2011 16h45

Brasil se impõe, domina a Grécia e leva a medalha de ouro no basquete

Com a ajuda da ‘cavalaria’ formada por Nezinho e Arthur, seleção de Alberto Bial vence a final e faz a festa da torcida que compareceu à Arena da Barra

Por Rodrigo Alves Rio de Janeiro
Pela oitava vez em oito dias, os jogadores cantaram o hino em posição de sentido. Com disciplina militar, foi uma semana de maratona de jogos e muita exigência física, sem tempo para descanso. A derrota logo na estreia tinha ligado um sinal de alerta, mas de lá para cá, os adversários foram tombando, um atrás do outro. O último caiu neste domingo. Na final do torneio de basquete dos Jogos Mundiais Militares, a seleção brasileira manteve o domínio do placar o tempo todo contra a Grécia. Com a ajuda providencial da "cavalaria" formada por Nezinho e Arthur, que chegou apenas para a semi e a decisão, a vitória por 76 a 64 garantiu o título aos jogadores do NBB comandados por Alberto Bial. Festa para uma torcida que compareceu em bom número à Arena da Barra, no Rio, e empurrou os atletas do início ao fim.
Brasil comemora vitória no basquete dos Jogos Militares (Foto: Bruno de Lima / Divulgação)Jogadores do Brasil comemoram a campanha vitoriosa (Foto: Bruno de Lima / Divulgação)
Formada por jogadores profissionais que fizeram o curso de formação militar, a seleção brasileira contou com dois reforços de última hora. Nezinho e Arthur, que estavam treinando com a equipe principal em São Paulo, chegaram ao Rio na sexta à noite. Ajudaram na vitória sobre os Estados Unidos, na semi, e comandaram as ações na final contra os gregos. O aniversariante Estevam, que completa 33 anos neste domingo, também foi importante para ditar o ritmo logo no primeiro quarto.
- Estou num sentimento de êxtase, é uma luz que me faz sentir muito bem. Quero dividir essa alegria com todos do basquete, aqueles que torceram por nós. O basquete brasileiro vive um momento de ascensão. Ainda estamos engatinhando em relação a onde podemos chegar, mas é um grande momento de recuperação. Depois de 48 anos, o Brasil volta a ganhar um Mundial no masculino. Não tem como não ser saudável e benéfico para o basquete - afirmou Alberto Bial, na entrevista coletiva após a partida.
A disputa do bronze nos Jogos Militares teve emoção até o último segundo. Os Estados Unidos, eliminados pelo Brasil nas semis, venceram a Coreia do Sul por 84 a 83. Os coreanos, atuais campeões do mundo, ainda tiveram a chance de virar na última bola, mas desperdiçaram.
O público na Arena para a final foi bem maior que nas partidas anteriores, com a torcida ocupando uma das laterais e as arquibancadas atrás de uma das tabelas. Não chegou perto da final do Pan-2007, quando o Brasil foi campeão com o ginásio lotado, mas os torcedores incentivaram a seleção do início ao fim. E desta vez não ficaram só nos genéricos “Lê lê ô, Brasil” ou “Sou brasileiro com muito orgulho”. Chegaram a pedir “defesa” em vários momentos e infernizaram a vida dos gregos nos lances livres.
Nezinho na partida do Brasil de basquete contra a Grécia (Foto: Photocâmera )Nezinho tenta passar pela marcação dupla
(Foto: Photocâmera )
Desta vez, após uma boa noite de sono, Nezinho e Arthur foram titulares, ao lado de Fred, Shilton e o aniversariante Estevam. Foi justamente este último que comandou o ataque verde-amarelo no início do jogo, com oito pontos no primeiro quarto. A equipe da casa vencia por 15 a 10 quando Bial tirou Estevam e deixou o time apenas com Coloneze no garrafão. Ainda assim, com uma cesta de Nezinho no estouro do cronômetro, o placar ao fim do período inicial era de 18 a 14.
Bial manteve a formação baixa no segundo quarto, e o ala Audrei, titular nas partidas anteriores, só foi à quadra quase na metade do período. Estevam também voltou para reforçar o garrafão com Coloneze, e àquela altura a vantagem era de meia dúzia. A torcida foi ao delírio quando Nezinho colocou o armador Kompodietas para dançar, com três fintas em sequência. Em seguida, a vantagem subiu para oito, e o técnico grego foi obrigado a pedir tempo para não deixar o bolo desandar de vez. Na saída para o intervalo, a vantagem brasileira era de 35 a 29.
No início do terceiro período, pulou para dez pontos, quase sempre pelas mãos de Nezinho e Arthur. A Grécia não deixava o rival deslanchar, mas também não conseguia cortar a diferença. Uma cesta de Nezinho no estouro o relógio deixou o placar em 56 a 49 na virada para os dez minutos finais.
A diferença ficou nessa casa na primeira metade do período e chegou a 12 a quatro minutos e meio do fim. Após a bandeja de Felipe Ribeiro, o ala abraçou Fred no centro da quadra. Dali em diante, bastava controlar o jogo – e a euforia. Assim foi. A partida ainda ficou dois minutos parada para o atendimento a Koupidis, que machucou o braço após uma disputa de bola. A torcida aplaudiu o grego, mas àquela altura já pensava no título. Com um minuto restando no relógio, vieram os gritos de "É campeão". Coube as jogadores apenas segurar o resultado até a última sirene. Festa completa na Arena para o título mundial milita Fonte globo esport

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