sábado, 23 de julho de 2011

Vítima do massacre de Realengo recupera movimento das pernas

Vítima do massacre de Realengo
recupera movimento das pernas

Thayane Tavares volta a mexer a perna esquerda e os dedos da direita
Evelyn Moraes, do R7 | 23/07/2011 às 06h00
Arquivo Pessoal
Thayane na cadeira de rodas
Depois de passar 68 dias internada, Thayane voltou para casa e foi recebida com festa pela família em Realengo, na zona oeste do Rio
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Após três meses do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, Thayane Tavares Monteiro, de 13 anos, uma das vítimas da tragédia que terminou com 12 alunos mortos e outros 12 feridos, recupera os movimentos. A menina, que foi baleada na barriga, na cintura e no braço, voltou a mexer a perna esquerda e já movimenta os dedos da perna direita. Ela não falta um dia de fisioterapia e não perde a esperança de voltar a andar.

- Eu melhorei bastante. No hospital, eu não mexia nada. Sei que vou conseguir movimentar a perna direita em breve. Com a esquerda, eu já consigo balançar e chutar. Eu tenho fé que vou voltar a andar.

Thayane voltou a estudar há duas semanas, mas em casa, pois ainda continua na cadeira de rodas. Segundo a mãe da adolescente, Andreia Tavares, ela começará um novo tratamento na próxima semana.

- Ela vai começar a fazer hidroterapia na próxima semana. A Thayane está mais animada, pois conseguiu mexer uma das pernas.

Aos poucos, a rotina da menina começa a voltar ao normal. O apoio da família, do namorado Diego Henrique, dos amigos e das outras vítimas do massacre tem sido muito importante para o tratamento da adolescente. Thayane conta o que tem feito nas horas vagas.

- Eu tenho passado o fim de semana na casa da minha avó ou na casa do meu pai. Vou ao shopping passear com a minha mãe e recebo visita dos meus amigos. Quando estou em casa, fico muito no computador, em contato com as pessoas.

Thayane também continua recebendo atendimento psicológico em casa. Uma equipe de psicólogos da Prefeitura do Rio atende a menina três vezes por semana.
Entenda o caso
Por volta das 8h do dia 7 de abril, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola completava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).
Conheça as vítimas do ataque à escola Tasso da Silveira
Acompanhe a cobertura completa do caso
Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu duas salas e fez dezenas de disparos contra estudantes que assistiam às aulas.
Duas adolescentes, uma delas ferida, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra a barriga do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Onze estudantes foram enterrados no dia 8 e uma foi cremada na manhã do dia 9.
O atirador só foi enterrado na manhã do dia 22 porque nenhum parente compareceu ao IML para liberar o corpo no prazo de 15 dias. O cadáver foi catalogado como "não reclamado" e sepultado em uma cova rasa no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona norte, após autorização da Justiça.Fonte r7

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