sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Rebeldes da Líbia acham estoque de comida e remédios do governo

25/08/2011 16h20 - Atualizado em 25/08/2011 19h56

Rebeldes da Líbia acham estoque de comida e remédios do governo

Conselho acusa Kadhafi de barrar acesso de líbios a suprimentos.
País enfrenta crise humanitária após mais de seis meses de guerra civil.

Da Reuters
Combatentes rebeldes da Líbia descobriram grandes estoques de comida e remédios mantidos pelo regime do ditador Muammar Kadhafi na capital, Trípoli. Eles serão utilizados para aliviar a escassez no país, que enfrenta uma grave crise humanitária por conta dos mais de seis meses de guerra civil, disse o conselho rebelde nesta quinta-feira (25).
Os rebeldes entraram na capital esta semana após um levante de seis meses que restringiu as rotas de suprimento e causou escassez de alimentos e medicamentos em partes do país.
"Não haverá mais problemas em relação a suprimentos de alimentos, medicamentos e combustível", disse o presidente do Conselho Nacional de Transição, Mustafa Abdel Jalil, numa entrevista em Benghazi, sede dos rebeldes, no leste.
Ele afirmou que no quartel-general de Kadhafi em Trípoli havia comida suficiente para alimentar uma cidade de 4 milhões de habitantes - o dobro da capital- e remédios para o país inteiro durante um ano.
Rebeldes combatem no distrito de Abu Salim, em Trípoli, nesta quinta-feira (25) (Foto: AP)Rebeldes combatem no distrito de Abu Salim, em Trípoli, nesta quinta-feira (25) (Foto: AP)
"Muammar Kadhafi impediu de propósito que os líbios tivessem acesso a esses suprimentos, fazendo com que eles passassem fome", disse Jalil, sem dar detalhes sobre onde os estoques estavam ou o que continham exatamente.
O líder dos rebeldes também disse que uma "grande quantidade" de combustível foi encontrada na refinaria de Zawiya, 50 quilômetros a oeste de Trípoli, apreendida pelos insurgentes este mês.
Os rebeldes invadiram esta semana o complexo Bab al-Aziziya, de Kadhafi, após uma operação relâmpago em Trípoli, aplicando um aparente golpe mortal ao governo de 42 anos do chamado 'Irmão Líder' no país do norte da África.
Mas o paradeiro de Kadhafi permanece um mistério, e as forças leais ao líder continuam a enfrentar as forças rebeldes em regiões diversas, incluindo Trípoli, Sirte -- cidade natal do coronel --, Sabha e em regiões próximas à fronteira da Tunísia.
Jalil pediu que os combatentes pró-Kadhafi se unissem à revolução, dizendo que agora não tinham desculpas para não fazê-lo.
"A revolução está conquistando vitórias após vitórias dia a dia e eles precisam se unir", disse ele. "Não há mais desculpas para não se unir à revolução."
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