sábado, 24 de setembro de 2011

Marcelo Yuka abre segundo dia do Rock in Rio com desabafo social

24/09/2011 16h20 - Atualizado em 24/09/2011 16h23

Marcelo Yuka abre segundo dia do Rock in Rio com desabafo social

Apresentação contou com cantoras Amora Pêra, Karina Buhr e Cibelle.
Ex-barista da banda O Rappa foi maestro do encontro.

Do G1, no Rio
Karina Buhr foi uma das convidadas de Marcelo Yuka no Palco Sunset (Foto: Alexandre Durão/G1)Karina Buhr foi uma das convidadas de Marcelo Yuka no Palco Sunset (Foto: Alexandre Durão/G1)
O primeiro show do segundo dia de Rock in Rio, no Palco Sunset, foi um desabafo social do ex-baterista da banda "O Rappa", Marcelo Yuka. Sentado em uma cadeira de rodas por trás de uma bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Yuka foi o maestro de uma apresentação que contou com três cantoras da nova geração da música brasileira: Amora Pêra, Karina Buhr e Cibelle. Ele usou as músicas apresentadas para fazer um discurso de conteúdo antiamericano, críticas sociais e um protesto contra a pacificação das favelas do Rio por parte do estado.
"Eu Não acredito em paz armada. Como artista, tenho que acreditar na paz", declarou Yuka ao apresentar a última música da apresentação que durou pouco mais de 50 minutos. "Minha alma (a paz que eu não quero)", hit d'O Rappa, contou com as três cantoras ao mesmo tempo, e foi a única canção que conseguiu de fato animar o ainda pequeno público do palco Sunset. A música ganhou uma roupagem eletrônica, mas as vozes melódicas das cantoras ajudaram a dar um tom interessante a ela.
Marcelo Yuka recebeu convidadas no Palco Sunset (Foto: Alexandre Durão/G1)Marcelo Yuka recebeu convidadas no Palco Sunset
(Foto: Alexandre Durão/G1)
A apresentação começou com 15 minutos de atraso, segundo a programação oficial, e tinha apenas a banda, Yuka e Amora Pêra, vestida de preto, no palco, entoando as canções com mais conteúdo político em um tom grave e pesado.
Até este ponto, o público não demonstrava empolgação e boa parte das pessoas no palco Sunset estavam assistindo ao show sentadas, mas as pessoas aprovavavam o discurso político. Em parte desse discurso, Amora Pêra chegou a fazer menção de uma defesa da maconha, apesar da campanha oficial do Rock in Rio contra as drogas.
Foi só quando a cantora Cibelle subiu ao palco depois de quase 20 minutos de show que o clima começou a mudar. Vestida com uma roupa que simulava pintura em todo o corpo, Cibelle deu cor e leveza ao show, com uma voz mais melódica e canções mais movimentadas. Chamada de gostosa pelo público, ela brincou e interagiu com as pessoas da plateia, chamando quem havia gritado de gostoso.
Depois, dela, Karina Buhr apareceu vestindo uma roupa brilhante em todo o corpo, e conseguiu tirar o foco exclusivo da crítica social. Ela chegou a tocar alfaia, tambor típico do maracatu.
Apesar do predomínio de uma batida eletrônica por vezes repetitiva, o trabalho de Yuka ao reunir as três cantoras mostrou-se bem-sucedido ao final, quando todas as vozes se juntaram, criando uma tonalidade ainda diferenciada e interessante. Foi quando o público se animou de verdade e cantou junto, encerrando bem este primeiro show do dia.Fonte g1

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