13/11/2011 18h58 - Atualizado em 13/11/2011 18h58
Monti destaca 'esforço coletivo' para retomar crescimento na Itália
Economista foi convocado para formar novo governo do país.
Decisão acontece um dia após renúncia de Berlusconi ao cargo de premiê.

A escolha de Monti aconteceu um dia após a renúncia de Silvio Berlusconi ao cargo de primeiro-ministro, após grave crise financeira ter afetado o país.
Depois de se encontrar com o presidente, Monti recebeu a missão de montar uma administração tecnocrata. Monti vai precisar montar um novo gabinete, provavelmente um pequeno grupo com especialista, que deverá ter a aprovação do Parlamento italiano. Ainda não se sabe se Monti irá conseguir a maioria entre os parlamentares, mas os partidos políticos demonstraram apoio ao economista.
Para Monti, a prioridade do país é a retomada do crescimento e o saneamento das contas italianas. Até ser convocado, o economista chefiava a prestigiada Universidade Bocconi, em Milão. Ele acredita que o país deve ser um elemento de "força" para a Europa.
Com 68 anos, o ex-professor de economia escreveu recentemente um relatório sobre o futuro do mercado único europeu. Seu nome recebeu apoio inclusive do partido de Berlusconi, a legenda de centro-direita PDL.

"Ato generoso"
Em discurso transmitido pelos órgãos de mídia italianos nesta tarde, Silvio Berlusconi afirmou que seu deixou o posto como um "ato de generosidade" pela Itália. Ligado ao poder da nação durante 17 anos, o membro do partido de centro-direita PDL teve três mandatos como prêmie, mas não chegou a terminar o último.
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Berlusconi afirmou estar "orgulhoso" de seu trabalho pelo país e destacou seu papel ao enfrentar uma "crise internacional sem precedentes na história".O Parlamento italiano havia aprovado o pacote econômico de medidas de austeridade que abriu caminho para a saída do político italiano do governo e para a formação de um governo de emergência.
Berlusconi disse no início da semana que deixaria o cargo de premiê após ficar claro que não possuía mais o apoio da maioria. Em reunião neste sábado no Gabinete, reunido com os outros ministros do país, o premiê confirmou a decisão.
Vaias
O político afirmou que ficou "sentido" por conta das vaias recebidas após a votação no Parlamento neste sábado. "Foi algo que me doeu profundamente", disse ele junto a dirigentes do partido de centro-direita Povo da Liberdade.
A renúncia promete encerrar uma das eras mais escandalosas da história italiana pós-Segunda Guerra (conheça aqui a trajetória de Silvio Berlusconi).

Entre as medidas estão o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), de 20% para 21%; o congelamento dos salários de servidores até 2014; a alta da idade mínima de aposentadoria para as trabalhadoras do setor privado, de 60 anos em 2014 para 65 em 2026; aperto nas medidas contra a evasão fiscal; e um imposto especial para o setor de energia.
Já esperava-se que o pacote fosse aprovado com facilidade, pois as medidas, que passaram pelo Senado com sucesso na véspera, não sofreram emendas na comissão de orçamento na própria Câmara dos Deputados. Fonte G1
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