13/11/2011 18h48 - Atualizado em 13/11/2011 19h28
Polícia do Rio prende quatro durante operação Choque de Paz
Balanço do primeiro dia foi divulgado às 18h30 deste domingo.
Nas comunidades da Zona Sul havia ainda 20 pistolas, 15 fuzis e granadas.
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Rocinha (Foto: Rodrigo Vianna/G1)
De acordo com o balanço da operação, foram localizados 112 quilos de maconha, 80 tabletes de maconha, 60 quilos de pasta base de cocaína, 145 trouxinhas de maconha e 14 tabletes de cocaína.
Os criminosos tinham ainda grande quantidade de munição: 672 para calibre 7.62; 234 para calibre 5.56; 77 para calibre nove milímetros; 55 para calibre ponto 40 e 28 para calibre 45. Mais 15 mil munição para calibres diversos. Havia sete lunetas, 102 carregadores de fuzil, 56 carregadores diveros. Um Toyota Hilux e 75 motos foram localizados nas comunidades.
As bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro foram hasteadas nas favelas da Rocinha e do Vidigal, oficializando a retomada do territórios.
As comunidades foram ocupadas pacificamente pelas autoridades policiais. Segundo o governo do Rio, a ocupação havia sido planejada há vários meses pela inteligência das forças de segurança.
A polícia pede ainda que a população continue colaborando, dando informações sobre criminosos, armas e drogas escondidos nas favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. "Denunciem e ajudem. A população pode ligar para o Disque-Denúncia (2253-1177) ou para o 190 para nos ajudar a localizar criminosos, armas e drogas. Permaneceremos nas comunidades por tempo indeterminado", frisou o chefe de Estado Maior Operacional da Polícia Militar.
Os helicópteros jogaram panfletos com números de telefones para denúncias.

Segundo o governador do Rio, Sérgio Cabral, a Operação Choque de Paz só foi possível "graças à união das forças públicas que trabalharam para o bem comum". O dia, segundo ele, é histórico.

O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que o objetivo da ação era evitar confrontos. "O nosso objetivo era devolver aquele território à população e isso foi feito. Se chegou nesse local há muito pouco tempo, mas o mais importante é que foi sem disparar um tiro, sem derramar uma gota de sangue de seja lá quem for", ressaltou . E completou: "Esse trabalho começou e não tem data para encerrar. É a libertação do jugo do fuzil".
Um dos pontos altos da operação, que segundo a Secretaria de Segurança Pública começou no dia 1º de novembro, foi a prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como o chefe do tráfico na Rocinha. Ele está preso em Bangu 1 e deve ser transferido para um presídio federal, fora do Rio, em breve.

Ainda era de madrugada quando equipes, carros blindados e helicópteros começaram a movimentação para invadir a Rocinha. Moradores foram orientados a não deixar suas casas para evitar ficar um possível confronto armado entre policiais e traficantes. Mas, ao contrário do que se imaginava, a retomada do território aconteceu de forma tranquila, sem que nenhum disparo tenha sido feito.
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Criminosos tentaram colocar barricadas e jogaram óleo na pista, mas isso não pediu a chegada das tropas ao alto do morro. Homens estrategicamente posicionados nos principais acessos da comunidade ajudaram a evitar o fogo cruzado.No Vidigal, colchões queimados e óleo jogado na pista, além de lixo e uma televisão, foram alguns dos obstáculos usados por criminosos para tentar impedir a retomada do território.
Às 4h deste domingo, uma coluna com 18 blindados e cerca de 700 homens avançou pelas vias das comunidades para começar a inserção dos homens. Às 4h30 ocorreu a chegada às comunidades, incluindo o uso de helicópteros com câmera de observação térmica. E às 6h, nossos homens informaram que todas as comunidades ocupadas já estavam sob controle", afirmou o coronel Pinheiro Neto, chefe de Estado Maior Operacional da Polícia Militar.

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